Atualmente nos deparamos com novos problemas educacionais, ocasionados por um número crescente de crianças e jovens que parece não conseguir adaptar-se às características, regras, valores, necessidades e exigências das sociedades atuais.
De uma forma mais simples digamos assim, poderemos concluir que as principais causas destes comportamentos problemáticos se devem, acima de tudo, à alteração de valores, princípios e a diversos fatores específicos das sociedades atuais, nos quais se incluem as alterações da estrutura da família, a falta de tempo por condicionalismos profissionais, alienação e desresponsabilização dos pais na educação das crianças; a evolução científica e tecnológica que, através de diferentes meios e equipamentos (TV, computadores, consolas, telemóveis) e atividades associadas aos mesmos, os quais facilitaram enormemente a comunicação à distância, o acesso à informação, ou as deslocações, mas que, paradoxalmente, contribuíram, de forma decisiva, para a alteração de diversos comportamentos sociais e relações interpessoais, nomeadamente ao nível comunicação verbal ou da leitura, propiciando um cada vez maior isolamento real das crianças, dos jovens e das famílias, particularmente daquelas que, pelas suas características pessoais ou ambiente familiar desfavorável, já reúnem determinadas condições que propiciam o isolamento e desenquadramento na sociedade.
Contudo, essas colocações ainda são insuficientes para explicar a complexidade da situação.
Todos nós conhecemos, pelo menos, uma família que enfrenta este tipo de problemas, com um ou mais filhos.
Nas salas de aula, os Professores sentem-se absolutamente impreparados para trabalhar com este gênero de alunos e, diariamente, veem-se em sérias dificuldades para manter um ambiente, minimamente, aceitável para a aprendizagem de todos.
É incontestável que os "Diferentes", ou " aluno (a) problema"como como são chamados por aí , aumentam significamente.
Reduzir a origem dos seus comportamentos, apenas, a uma educação familiar deficiente, também não parece minimamente credível, pois não só existem centenas de famílias, com dois ou mais filhos, em que apenas um deles apresenta este tipo de comportamento, como, ainda que uma educação deficiente e/ou um ambiente pouco equilibrado possam originar comportamentos desadequados, por parte das crianças, não parece razoável que esses comportamentos se encaixassem em padrões tão constantes, nem que a percentagem dos afetados fosse tão significativa.
Psiquiatras e Psicólogos "rotulam-nos", quase arbitrariamente, como portadores da Síndrome de Asperger ou de TDAH - Transtorno de Deficit de Atenção, a qual tem duas vertentes, com e sem hiperatividade, mas que normalmente é mais associada à Hiperatividade, ou, indo mais longe, como Autistas.
Já a pseudociência, associada, de alguma forma, à New Age / Nova Era e encabeçada por algumas correntes místicas encontrou explicações diferentes.
"A partir da década de 80, elas começaram a chegar, mais e mais. São crianças espetaculares, que chegam para ajudar a Humanidade na transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das fronteiras e das classes sociais. Estas crianças são como catalisadores da nova consciência e vêm desencadear as reações necessárias para as transformações."
"As crianças CRISTAL são recém-chegadas ao planeta (cada vez em maior número). No entanto, sempre existiram, ainda que em pouca quantidade (Jesus Cristo foi uma delas). As crianças cristal são os chamados pacificadores, pois trazem atributos de paz e equilíbrio para poder continuar o trabalho começado pelas crianças índigo. Ambas as crianças representam um desafio para a sociedade, especialmente para os pais. A forma de tratá-las vai ter de mudar, os pais e os educadores têm de adotar novas formas de ser, para lidar corretamente com as crianças da nova vibração.
O que sabemos das crianças da vibração de cristal? Por um lado, sabemos bastante. Por outro, nada sabemos de muito concreto. Como as próprias crianças, a informação, neste momento, é muito etérica, muito sutil e pouca óbvia. A diferença dos seus irmãos e irmãs 'confrontadores' Índigo, as crianças cristal não modificaram as coisas ... ainda. O 11 de setembro de 2001 foi um ponto decisivo, um sinal e uma porta de acesso para a próxima onda de crianças. A era das crianças cristal já chegou."
Por outro lado, outros referem-se às crianças índigo e cristal da seguinte forma:
"Muito se tem falado sobre crianças Índigos e Cristais, mas quem são elas? Onde vivem? Como surgiram estas denominações?
A denominação Criança Índigo se originou com a parapsicóloga, sinesteta e psíquica Nancy Ann Tappe, por volta dos anos 70. Em 1982 Tappe publicou o livro “ Entendendo Sua Vida Através da Cor”, onde ela descreveu este conceito, afirmando que por volta dos anos 60 ela começou a perceber que muitas crianças nasciam com suas auras “índigas”(aura com predominância da cor azul índigo). Em 1998, a ideia foi popularizada e foi lançado o livro “ As Crianças índigo: As novas crianças chegaram”, escrito por Lee Carroll e Jan Tober. Em 2002, no Havaí, ocorreu uma conferência internacional sobre crianças índigos, com 600 participantes. Nos anos subsequentes, estas conferências ocorreram na Flórida e em Oregon. Os anos passaram e vários filmes e documentários foram produzidos sobre o assunto.
Contrapondo-se a isso, Sarah Whedon W., em 2009 escreve um artigo onde alega que os pais rotulam seus filhos como ‘índigo” para fornecer uma explicação alternativa para o comportamento indevido de seus filhos, decorrentes do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Russell Barkley, psicólogo, comenta que essas terminologias “Índigo e Cristal, que surgiram no movimento Nova Era, ainda não produziram evidências empíricas da existência de tais crianças, pois para ele, as características descritas são muito vagas. Especialistas em saúde mental estão preocupados por rotular uma criança como “índigo ou Cristal”, pois muitas vezes, pode se retardar o diagnóstico e tratamento adequado que poderia ajudar a criança. Nick Colangelo, professor especialização na educação de crianças com altas habilidades, faz questionamentos de quem está lucrando com estas terminologias, uma vez que muitos livros, apresentações e vídeos estão sendo comercializados com esse assunto.
Analisemos, agora, as principais características das crianças "Diferentes":
CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS ÍNDIGO E COMO RECONHECÊ-LOS:
- Chegam ao mundo com sentimento de realeza e a curto tempo se comportam como tal;
- Têm a sensação de ter uma tarefa específica no mundo, e se surpreendem quando os outros não a partilham;
- Custa-lhes aceitar a autoridade que não oferece explicação nem alternativa;
- Sentem-se frustrados com os sistemas ritualistas que não requerem um pensamento criativo;
- As curto-prazo encontram formas melhores de fazer as coisas, tanto em casa como na escola;
- Não reagem pela disciplina da culpa;
- Não são tímidos para manifestar as suas necessidades
- Têm alta sensibilidade
- Têm excessivo montante de energia
- Distraem-se facilmente
- Têm baixo poder de concentração
- Requerem emocionalmente estabilidade e segurança dos adultos
- Resistem à autoridade se não for democraticamente orientada
- Possuem maneiras preferenciais na aprendizagem particularmente na leitura e matemática
- Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica ou a serem simplesmente ouvintes
- Não conseguem ficar quietas ou sentadas, a menos que estejam envolvidas em alguma coisa do seu interesse
- São muito compassivas; têm muitos medos tais como a morte e a perda dos amados...
CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS CRISTAL E COMO RECONHECÊ-LOS:
- São tranqüilos, pacíficos (têm mesmo uma função pacíficadora), gentis, construtores.
- Apresentam,às vezes, capacidades telepáticas. Possuem uma força interior extraordináría.
- Lideram por meio do exemplo, são construtivos, e não têm o hábito de denunciar o que está errado, como os índigo.
- Testam seus limites psíquícos.
- Calam-se e afastam-se quando há conflítos. Têm tendêncía a evitar confrontações e arrelias.
- Falam com poucas palavras, mas o que dizem tem profundídade, e só dízem o que pensam se lhes pedem.
- Irradiam paz e tranqüilidade.
- São bastante afetuosos com os outros e percebem suas necessidades, embora geralmente não gostem de ser abraçados.
- Harmonizam naturalmente a energia que os rodeia.
- São menos robustos do que os índigo e são mais vulneráveis emocionalmente. Com eles não se pode brigar.
- Suas características podem ser confundidas com o autismo, por serem, às vezes, muito introvertidos e pouco sociáveis, sobretudo se percebem que não são compreendidos.
- Revelam possuir habilidades psíquicas desde que nascem.
- São extremamente sensíveis a tudo o que é o seu meio ambiente: sons, ruídos desagradáveis, cores, emoções negativas nos outros, cheiros, comida, produtos químicos, violência, a dor dos outros, consciência de grupo, freqüências eletromagnéticas, raíos solares. Podem ligar ou desligar aparelhos elétricos, rádios, televisores, computadores, alguns aparelhos até podem ser queimados com a sua presença.
- Procuram passar bastante tempo sozinhos, não se sentem bem vivendo em grupo, pois poucos entendem a sua necessidade de solidão. Gostam de se comunicar com a Natureza.
- Não compreendem nem aceitam a falta de humanidade do homem para com o homem: guerra, avareza, perseguíção.
- Retraem-se, desligam-se ou desconectam-se para se proteger quando à sua volta o ambiente é demasiado violento, podendo ficar traumatizados.
- Ainda que normalmente sejam tranquilos, as pessoas sentem-se atraídas por ele s como se fossem um imã. Têm grandes e profundas relações de amizade com pessoas que lhes oferecem amor incondicional, o único amor verdadeiro.
- São gentis e prudentes, serão capazes de dizer aos outros o que eles necessitam, o que é bom para eles e do que precisam.
- Com freqüência evitam aglomerações de pessoas: centros comerciais, feiras, por haver demasiada concentração de energias diferentes. Antes de elas nascerem, os pais tiveram algum tipo de experiência psíquica com essas crianças.
- Milagres e magias acontecem ao seu redor. Até curas podem acontecer à sua volta, com naturalidade, porque são extremamente empáticos, até conseguem saber o que um desconhecido está pensando.
- Têm uma inocência e uma falta de malícia, uma pureza, graças à ausência de ego.
- Preferem abstrair-se a mostrar suas emoções, por receio de perderem o controle, podendo parecer passivos e sem sentimentos.
- Têm capacidade e facilidade para se ligar, ou conectar, com o seu eu superior e com o todo, ascendendo naturalmente ao seu guia interior; por isso, sabem da existência da unidade espiritual.
- Possuem um bom equilíbrio dos dois hemisférios cerebrais, integrando as duas energias, a feminina e a masculina....
CARACTERÍSTICAS DO SÍNDROME DE ASPERGER
- Interesses específicos e restritos ou preocupações com um tema em detrimento de outras atividades
- Rituais ou comportamentos repetitivos;
- Peculiaridades na fala e na linguagem; Padrões de pensamento lógico/técnico extensivo;
- Comportamento social e emocionalmente impróprio e problemas de interação interpessoal;
- Problemas com comunicação (não há comprometimento da linguagem, estritamente falando);
- Transtornos motores, movimentos desajeitados e descoordenados;
- Frequentemente, por um Q.I. verbal significativamente mais elevado que o não-verbal18
- Às vezes pessoas com SA podem ser consideradas rudes, frias nos seus comportamentos, mas na verdade é só seu modo de tentar reagir ou entender ações;
- Nem sempre pessoas com SA são compreendidas; por isso, devem ser tratadas com mais calma em alguns aspetos.
CARACTERÍSTICAS DA TDAH - Transtorno de Deficit de Atenção com, ou sem, Hiperatividade
- Dificuldade em prestar atenção nos detalhes;
- Errar por descuido nas atividades escolares pela dificuldade em manter a atenção;
- Não seguir instruções;
- Não terminar as tarefas;
- Às vezes parece não escutar ou se faz de surdo;
- Dificuldade em organizar tarefas e atividades;
- Distrai-se facilmente com estímulos externos;
- Evitar ou relutar em “realizar” esforço mental;
- Perder coisas necessárias para as tarefas e ser facilmente distraído por qualquer estímulo externo.
- Muitas vezes a falta de atenção pode vir acompanhada do sintoma de impulsividade, e pode até ter um aspeto positivo quando este comportamento leva a uma ação, pode no entanto, tornar-se patológico;
- Falta de planeamento em função da busca intensa e constante da gratificação imediata e das novidades.
- A impulsividade é um dos sintomas muito persistentes, impulsivamente interrompe o que está fazendo para iniciar outra atividade e vai acumulando várias tarefas sem finalizá-las.
CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO
- Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;
- Riso inapropriado;
- Pouco ou nenhum contato visual - não olha nos olhos;
- Aparente insensibilidade à dor - não responde adequadamente a uma situação de dor;
- Preferência pela solidão; modos arredios - busca o isolamento e não procura outras crianças;
- Rotação de objetos - brinca de forma inadequada ou bizarra com os mais variados objetos;
- Inapropriada fixação em objetos;
- Percetível hiperatividade ou extrema inatividade - muitos têm problemas de sono ou excesso de passividade;
- Ausência de resposta aos métodos normais de ensino - muitos precisam de material adaptado;
- Insistência em repetição desnecessária de assuntos, resistência à mudança de rotina;
- Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo);
- Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determinada maneira os alisares);
- Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);
- Recusa colo ou afagos - bebés preferem ficar no chão que no colo;
- Age como se estivesse surdo - não responde pelo nome;
- Dificuldade em expressar necessidades - sem ou limitada linguagem oral e/ou corporal (gestos);
- Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente;
- Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos;
- Desorganização sensorial - hipo ou hipersensibilidade, por exemplo, auditiva;
- Não faz referência social - entra num lugar desconhecido sem antes olhar para o adulto (pai/mãe) para fazer referência antes e saber se é seguro.
Estamos a falar de crianças com problemas ao nível do comportamento emocional e social, dificuldades de integração social, concentração e desempenho escolar, sem que, no entanto, estas especificidades se encontrem relacionadas, na maior parte dos casos, com atrasos, deficiências mentais ou demências, nem mesmo com um Q.I. (quociente de inteligência) inferior ao das crianças, ditas, "normais". Pelo contrário, muitas destas crianças têm capacidades especiais e únicas.
O conjunto destas características tornam-nas desconcertantes, provocando a incompreensão, rejeição ou dificuldades nas relações familiares, escolares e sociais.
Enquanto a ciência procurou rotulá-las, a pseudociência pretende divinizá-las.
Na maior parte das situações, aquilo que nos parece mais lógico, mais coerente ou mais sensato, é efetivamente, o que mais perto se encontra da verdade.
E, na verdade, com estas crianças, encontramo-nos perante o desconhecido, pelo que serão provavelmente esses critérios que nos conduzirão mais próximo da verdade.
Ao analisarmos a evolução da humanidade, desde os primeiros homens, ou humanoides, realizamos que, ao longo dos tempos, estes sofreram diversas mudanças, ou mutações, as quais parecem encontrar-se relacionadas com o desenvolvimento da inteligência, embora que essas alterações também se tenham vindo a fazer ao nível anatômico e orgânico.
Se entendermos o Universo e a Natureza como um todo inteligente, compreendemos que a sua evolução, alterações e mutações não acontecem aleatoriamente, mas, sim, com um propósito determinado.
Partindo deste princípio, poderemos, então, analisar estas crianças de uma nova perspetiva e tentar encontrar diferentes respostas, para as nossas questões.
Imaginemos que o processo de evolução da humanidade ainda não terminou. Nesse caso, as mudanças e mutações, mais lenta, ou mais rapidamente, continuarão a acontecer.
Não pense que essas crianças "Diferentes" sejam extraterrestres que têm vindo a "aparecer" por aqui. Não porque ponha em causa o fato de poder existir vida inteligente noutros sistemas solares ou galáxias, mas por que, ainda que existam, a distância a que nos encontramos, temporal e espacialmente, tornaria esse processo extraordinariamente difícil, se não impossível.
Pensemos que estes padrões representam uma fase da evolução da humanidade, que ainda não se encontra finalizada, a qual provoca um desfasamento entre as novas e/ou diferentes capacidades destas crianças e a realidade do mundo em que vivemos. O que, dependendo do grau de evolução, do número ou tipo de características diferentes e da forma como as crianças reagem e gerem o choque com uma realidade que não se lhes adequá, as pode tornar mais "Diferentes" (Autistas; Aspergers), ou menos "Diferentes" (TDA).
Com isso vamos buscar termos um bom convívio com essas crianças, educando-as, tentando compreendê-las, apoiando-as e, acima de tudo, não desistindo delas, aceitando-as e o mais importante: Amando-as.
Não podemos generalizar também, em alguns casos é a própria personalidade da criança que se manifesta. O importante é antes de tomar qualquer atitude ou dar um diagnóstico precipitados é buscar a ajuda de um especialista ( terapeuta, psicologo) visto que o diagnóstico é complexo e necessita de conhecimento e experiência no assunto.
Bibliografia
CRIANÇAS ÍNDIGO E CRISTAL
Principais Características das crianças Índigo e Cristal
O que são Adultos e Crianças Índigo e Cristal
Síndrome de Asperger
Déficit de Atenção
Déficit de Atenção - Sintomas
Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade
Distúrbio do déficit de atenção sem hiperatividade
Autismo
Crianças Índigos e Cristal. O que nos diz a ciência a respeito delas?
Convidamos a todos a continuarem conosco nessa viagem de Conhecimento e Evolução!!
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